(...)Naturalmente eu cresci. Meu corpo pedia mais. Não me contentei mais com o cobertor amarelo que a cada ano era diminuído pela avó (devido a umidade que eu causava neles). Também não ficava mais feliz em morder bonecos moles e barulhentos. Não me contentava nem um pouco acompanhando móbiles giratórios que me deixavam tonta. NÃO! Eu queria jogar tudo pro alto mesmo... Pular na cama, cortar o cabelo sozinha, comer biscoito de cachorro sim, desenhar na parede, brincar de barbie, casinha e loja. Fazer "show" em cima da grade da horta. Cantar parabéns para as mudas de cebolinha todo-santo-dia. Esmagar plantinha que eu pensava ser uma minúscula banana verde, dar pipoca aos cachorros e tomar minha dose de vinho diária, chamada carinhosamente de "saúde" pela tia avó.
Apaixonei-me pelo café da manhã da Xuxa, pirocópteros, pirulitos de 7 Bello e pela TV. É. Havia chegado a hora de virar consumista. Eu tinha os MEUS discos, os MEUS brinquedos e os MEUS desenhos prediletos. Pertencia a mim também um pai que ouvia Legião Urbana e Raul Seixas e uma mãe que ouvia Oswaldo Montenegro(...)
queremos mais...........
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